13 de outubro de 2020

Vou criar um deus só meu

Vou criar um deus só meu. Serei o único fiel de meu deus, que perguntará ao seu Deus: - Mas Deus, por que eu, Deus meu?!

E perecerá comigo, meu único deus, que será mortal, como eu. A morte, e só ela, é que nos fará imortais. Depois da morte nunca mais morreremos- o que, quando nada, nos poupará  de inúteis sofrimentos. Eu, com meu único deus, que morrerá comigo, estarei livre de todos os castigos divinos. É bom ter um deus mortal. Acalma o insubordinado espírito.

12 de outubro de 2020

Ainda vou morrer de Botafogo

Ontem (11), o Botafogo fazia sua melhor exibição em 2020. Vencia o Sport em Recife por 2 x 0, com tranquilidade.
Mas tranquilidade é algo que não existe no dicionário Alvinegro. Aos 8 minutos da 2ª etapa, jogo na mão, Rafael Forster faz uma falta bisonha e é expulso. Ficamos com 1 a menos. Mais 2 minutos e o Sport diminui. E começou a nossa sina histórica de sofrimento indizível.
Acabamos vencendo, mas estou mais esgotado que qualquer jogador em campo.

Tão pensando que o sofrimento acabou? Ledo engano de vocês.
Depois do sufoco demorei a dormir. Melhor seria não tê-lo feito. Tive um pesadelo daqueles que só o Botafogo pode proporcionar aos seus insanos e apaixonados torcedores.
Sonhei que o corno do filho de uma que ronca e fuça do Hernane Brocador, no último segundo da partida, entrava livre em nossa área para empatar o jogo. Não deixei. De onde estava na arquibancada, mandei uma saraivada de tiros de AK-47 no cabeçudo, explodindo seu cérebro.
O pior, ou o melhor, não sei mais de nada, é que acordei feliz da vida por ter garantido a vitória do Fogão.

Podem anotar: ainda vou morrer de Botafogo!
🔥⭐️🔥⭐️

Ainda vou morrer de Botafogo



11 de outubro de 2020

Editorial do Barão: Corruptos são mais nocivos à sociedade que traficantes

 Editorial do Barão

Marco Aurélio Mello soltou um traficante baseado em uma lei sancionada por Bolsonaro, o homem que acabou com a corrupção no Brasil, feita para favorecer políticos corruptos.
Aliás, em minha genial, porém humildosa, opinião, ladrões de dinheiro público são piores que traficantes. Nossos corruptos matam milhares de pessoas em filas de hospitais, por exemplo, e roubam a esperança de um futuro melhor para milhões de nossos compatriotas que vivem na miséria. Corruptos são mais nocivos à sociedade que traficantes. Nossos ladrões de colarinho branco são os maiores assassinos da Nação.

10 de outubro de 2020

9 de outubro de 2020

BarãoNews urgente: O Kassio do Bozo no STF defende a comunista Globo em 2 processos no próprio Supremo

 BarãoNews urgente

O Kassio do Bozo no STF defende a comunista Globo em 2 processos no próprio Supremo.
A manada vai estourar... Babando de ódio já estão.
😂🤣😅😂🤣😅

A vida tá muito monótona depois que o Bozo acabou com a corrupção no Brasil

 A vida tá muito monótona depois que o Bozo acabou com a corrupção no Brasil.

Por falar nisso, eu soube que os governos de Suécia, Noruega e Dinamarca vão convidar o Bozo para ensiná-los como acabar com a corrupção em seus países.

Um gênio da raça, o nosso Bozão! 

😠😟😞😖💩😢

8 de outubro de 2020

Nélson Rodrigues define o torcedor do Botafogo

Todos os torcedores de futebol se parecem entre si como soldadinhos de chumbo. Têm o mesmo comportamento e xingam, com a mesma exuberância e os mesmos nomes feios, o juiz, os bandeirinhas, os adversários e os jogadores do próprio time. Há, porém, um torcedor, entre tantos, entre todos, que não se parece com ninguém e que apresenta uma forte, crespa e irresistível personalidade. Ponham uma barba postiça num torcedor do Botafogo, deem-lhe óculos escuros, raspem-lhe as impressões digitais e, ainda assim, ele será inconfundível. Por quê?

Pelo seguinte: – há, no alvinegro, a emanação específica de um pessimismo imortal. Pergunto eu: – por que vamos ao campo de futebol? Porque esperamos a vitória. Esse otimismo é o impulso interior que nos leva a comprar ingresso e vibrar os noventa minutos. E, no campo, o otimismo continua a crepitar furiosamente. Não importa que o nosso time esteja perdendo de 15 X 0. Até o penúltimo segundo, nós ainda esperamos a virada, ainda esperamos a reação. Pois bem: – o torcedor do Botafogo é o único que, em vez de esperar a vitória, espera precisamente a derrota.
Os outros comparecem na esperança de saborear como um chicabon o triunfo do seu clube. Mas o torcedor do Botafogo é diferente: – ele compra o seu ingresso como quem adquire o direito, que lhe parece sagrado e inalienável, de sofrer.
Crônica de Nelson Rodrigues, de 04 de agosto de 1956, publicada na revista Manchete Esportiva, sobre o jogo Vasco 0 x 0 Botafogo, e retirada do livro “O berro impresso das manchetes”.
É por coisas assim, e pela épica vitória de ontem, que este lindo, gostoso e genial, porém humildoso, Barão de General Severiano, diz que o Botafogo não é para os óbvios.

O torcedor do Botafogo segundo Nélson Rodrigues  Todos os torcedores de futebol se parecem entre si como soldadinhos de chumbo. Têm o mesmo comportamento e xingam, com a mesma exuberância e os mesmos nomes feios, o juiz, os bandeirinhas, os adversários e os jogadores do próprio time. Há, porém, um torcedor, entre tantos, entre todos, que não se parece com ninguém e que apresenta uma forte, crespa e irresistível personalidade. Ponham uma barba postiça num torcedor do Botafogo, deem-lhe óculos escuros, raspem-lhe as impressões digitais e, ainda assim, ele será inconfundível. Por quê? Pelo seguinte: – há, no alvinegro, a emanação específica de um pessimismo imortal. Pergunto eu: – por que vamos ao campo de futebol? Porque esperamos a vitória. Esse otimismo é o impulso interior que nos leva a comprar ingresso e vibrar os noventa minutos. E, no campo, o otimismo continua a crepitar furiosamente. Não importa que o nosso time esteja perdendo de 15 X 0. Até o penúltimo segundo, nós ainda esperamos a virada, ainda esperamos a reação. Pois bem: – o torcedor do Botafogo é o único que, em vez de esperar a vitória, espera precisamente a derrota. Os outros comparecem na esperança de saborear como um chicabon o triunfo do seu clube. Mas o torcedor do Botafogo é diferente: – ele compra o seu ingresso como quem adquire o direito, que lhe parece sagrado e inalienável, de sofrer. Crônica de Nelson Rodrigues, de 04 de agosto de 1956, publicada na revista Manchete Esportiva, sobre o jogo Vasco 0 x 0 Botafogo, e retirada do livro “O berro impresso das manchetes”. É por coisas assim, e pela épica vitória de ontem, que este lindo, gostoso e genial, porém humildoso, Barão de General Severiano, diz que o Botafogo não é para os óbvios.