21 de novembro de 2020

Mourão tem razão: não existe racismo no Brasil para quem é insensível, sonso e cínico

No Brasil não existe racismo, como disse ontem (20) o vice-presidente Hamilton Mourão ao comentar o covarde assassinato de um home negro no Carrefour de Porto Alegre. Não existe mesmo! Tanto que fui criado ouvindo coisas assim:

- Preto quando não caga na entrada caga na saída.
- Fulano é preto mas tem a alma branca!
- Eu não sou racista, tenho até um amigo preto.
-Crioulo da canela fina não serve pra trabalhar.
- Nego bundudo é preguiçoso e ruim de bola.
- Só podia ser crioulo pra fazer uma merda dessa!
Essas frases eram comuns lá em São José do Calçado-ES, minha cidade natal.
Para acabar de provar que não havia racismo em Calçado: existiam 2 clubes na cidade, um dos brancos, o outro dos pretos, que batizaram de Clube dos Operários.
Regra de ouro no Montanha: preto não entrava, só os "adotados" por alguma família tradicional da cidade. No dos Operários entravam todos, inclusive a elite branca que impedia o acesso de negros em seu clube. Mas, via de regra, só iam homens brancos para "pegar uma neguinha", como se dizia à época.
E era assim em todas as cidades vizinhas.
Isso que narrei acima acontecia nas décadas de 60-70 e parte da de 80 do século passado. Depois disso fiquei anos sem ir lá, mas parece que melhorou.
Tá provado que não existe racismo no Brasil, num tá?!

No Brasil não existe racismo, como disse ontem (20) o vice-presidente Hamilton Mourão ao comentar o covarde assassinato de um home negro no Carrefour de Porto Alegre. Não existe mesmo! Tanto que fui criado ouvindo coisas assim:  - Preto quando não caga na entrada caga na saída. - Fulano é preto mas tem a alma branca! - Eu não sou racista, tenho até um amigo preto. -Crioulo da canela fina não serve pra trabalhar. - Nego bundudo é preguiçoso e ruim de bola. - Só podia ser crioulo pra fazer uma merda dessa! Essas frases eram comuns lá em São José do Calçado-ES, minha cidade natal. Para acabar de provar que não havia racismo em Calçado. Existiam 2 clubes na cidade: um dos brancos, o outro dos pretos, que batizaram de Clube dos Operários. Regra de ouro no Montanha: preto não entrava, só os "adotados" por alguma família tradicional da cidade. No dos Operários entravam todos, inclusive a elite branca que impedia o acesso de negros em seu clube.  Mas, via de regra, só iam homens brancos para "pegar uma neguinha", como se dizia à época. E era assim em todas as cidades vizinhas. Isso que narrei acima acontecia nas décadas de 60-70 e parte da de 80 do século passado. Depois disso fiquei anos sem ir lá, mas parece que melhorou. Tá provado que não existe racismo no Brasil, num tá?!






20 de novembro de 2020

Racismo e prisão por vadiagem na ditadura militar

 Racismo policial

Em 1978 (eu tinha 21 anos), bebia cerveja num boteco na Rua Marquês de São Vicente, em frente à PUC-Rio, onde estudava. Comigo estava o Messias, um querido amigo, pretinho de brilhar.
Por volta das 19 horas entram 2 PMs no bar e começam a pedir documentos dos clientes. Vigorava a ditadura militar e pessoas, negras e pobres, obviamente, eram presas por "vadiagem". Sim, existia o crime de vadiagem. Imaginem isso hoje, com os milhões de desempregados que circulam Brasil afora.
Eu e o Messias bebíamos em pé, encostado num canto do balcão, como bons profissionais do copo que éramos.
Os dois 'puliça" se aproximaram e pediram os documentos do Messias. Tudo certo. Quando iam saindo eu disse:
- Ué, não vão pedir os meus? Que porra é essa?
Voltaram e um deles me disse:
- Quer ir em cana?!
- Quero!!! Mas antes vocês liguem para meu tio, o coronel Humberto, comandante do batalhão de Nova Iguaçu, e digam a ele que estão me levando preso.
Um deles entrou no camburão, passou um rádio, voltou, chamou o parceiro e foram embora.
O Humberto, um doce de pessoa, é de São José do Calçado, a cidade onde nasci, e amicíssimo de meu pai.
Virar sobrinho emprestado dele no período da ditadura me salvou algumas vezes nas esbórnias da vida. Depois, ele me passava um leve sermão e ria das minhas estripulias.
Este é o Brasil racista, autoritário e injusto. Uns são protegidos por sua cor e origem social; outros, a imensa maioria, nascem culpados por virem ao mundo negros e pobres.

Meus ervoafetivos (ex-maconheiros) de estimação reapareceram embaixo de minha janela

 Meus ervoafetivos de estimação reapareceram embaixo de minha janela. E com uma erva da boa.

Já tô discutindo filosofia pós-moderna com a Betina, a lagartixa comunista, que é minha companheira de isolamento social.
😇🙃🙃😍😍🥳🥳

19 de novembro de 2020

Os cristãos de Belzebu: Marcelo Crivella chama João Dória de "viado" e "vagabundo" e depois pede desculpas

 BarãoNews urgente

Marcelo Crivella, que xingou João Doria de “viado” e “vagabundo”, divulgou nota pedindo desculpas.
A assessoria do candidato bolsonarista no Rio de Janeiro enviou para a imprensa o seguinte texto:
“A fala foi um momento de revolta pela OS [Organização de Saúde] reter o salário de médicos e enfermeiros, mesmo tendo recebido da Prefeitura. Em tempos de pandemia, isso pode custar vidas. Marcelo Crivella pede desculpas pelos excessos, e ao governador João Dória.”
O roteiro do Bozo e seus aliados, como o Crivella, é sempre o mesmo: primeiro ofendem seus adversários destilando seus peçonhentos preconceitos, depois, candidamente, pedem desculpas (falsas). E se dizem cristãos. Só se forem os cristãos de Belzebu.
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No Rio, a escolha é entre o corrupto laico e o corrupto fanático religioso

No Rio, "prestenção", eis as opções para o 2º turno da eleição para prefeito: ou você vota em Eduardo Paes, o corrupto laico; ou vota em Marcelo Crivella, o corrupto fanático religioso, bispo licenciado da Universal. Saco!

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