Fernando Diniz e o resgate do futebol brasileiro
A espetacular atuação do Fluminense na acachapante vitória na final do Campeonato Carioca sobre o Flamengo (4 x 1), tem vários grandes personagens, mas o maior de todos é o técnico Fernando Diniz, que com sabedoria e coragem vem resgatando a verdadeira história do futebol brasileiro. História feita de dribles, troca de passes e gols. Foi a união de técnica, uma lúdica "irresponsabilidade", criatividade e alegria ao jogar que fizeram do Brasil o maior vencedor da história do futebol.
Mas, o nosso 'complexo de vira-latas', como bem definiu o genial tricolor Nélson Rodrigues, vive à espreita para nos jogar para baixo e nos autoflagelar como uma nação de perdedores, do futuro que nunca chega...
A derrota da brilhante seleção de 1982, comandada por Telê Santana, foi um marco em nosso futebol. Foi ali que a turma do "futebol de resultado", que já vinha tomando espaço, assumiu de vez o poder em nosso futebol. Como se as conquistas de 3 Copas (1958,1962, 1970) jogando bonito e vencendo fosse apenas um detalhe, quando era o essencial. E vieram os "burocratas"- Parreira, Felipão, Tite e outros menos cotados. E nosso futebol começou a produzir zagueiros em vez de atacantes; volantes no lugar dos meias criativos...
Como a história, meus amigos, a grande história, nunca morre, eis que aparece um Fernando Diniz para resgatar a beleza e a criatividade do esporte que fez o Brasil ser conhecido no mundo como o "país do futebol". Do futebol bonito e vencedor!
A 'vira-latice' chegou a tal ponto que, com o apoio de uma mídia, em geral, ridícula, o Brasil está infestado de técnicos portugueses. Portugal virou a nova Meca do futebol! A melhor colocação de Portugal em uma Copa do Mundo foi um 3º em 1966, na Inglaterra, e com um técnico brasileiro no comando, Oto Glória.
Nada é por caso: Fernando Diniz começa a chegar ao auge de sua carreira no Fluminense, que é o mais antigo do nossos grandes clubes dedicados ao futebol. A história também escreve certo por linhas tortas, ou tricolores...
Obrigado, Fernando Diniz!
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