Editorial do Barão
O negacionismo contra as vacinas, que tem, no Brasil, em Jair Bolsonaro e alguns pastores "neopentecostais" (Silas Malafaia e Edir Macedo são os mais conhecidos) seus baluartes, não é nenhuma novidade. A ciência sempre foi vítima de ataques de políticos e religiosos farsantes, que vivem de explorar, através da ignorância popular, a fé alheia. O saber, representado pela ciência, tira-lhes poder e denúncia as farsas que usam para tosquiar suas crédulas ovelhas sem dó ou piedade.
O exemplo clássico do embate entre ciência x religião é o de Galileu Galilei. O cientista italiano foi investigado pela Inquisição Romana em 1615, que concluiu que o heliocentrismo era "tolo e absurdo em filosofia e formalmente herético, pois contradiz explicitamente em muitos lugares o sentido da Sagrada Escritura". Galileu estava certo.
Após muita luta e milhares de pessoas torturadas e mortas pela "Santa Inquisição", a ciência acabou por prevalecer. A luta dessa gente tosca, violenta e inculta, hoje representada por Bolsonaro e seus vendilhões do templo modernos, não é especificamente contra as vacinas, é contra a ciência, que desmonta suas falácias uma após outra e deixa os "reis" nus.
Obs: Pouco depois de escrever o texto acima leio essa notícia: "Enquanto o Brasil avança para a vacinação de crianças e dá doses de reforço aos adultos, ainda há cidades que só conseguiram completar o esquema vacinal de cerca de 20% de sua população. Entre os motivos apontados por especialistas e secretários de saúde estão a desinformação, o difícil acesso a regiões isoladas e a influência de líderes religiosos que fazem campanha contra a vacinação."
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