Bolsonaro, durante seus 27 anos de nulidade como deputado federal, sempre fez parte do que era chamado o "baixo clero" da Câmara dos Deputados. O atual "centrão". Soube aproveitar o medo da violência e o ódio de boa parte dos brasileiros ao PT e acabou presidente. Sua principal promessa era o combate à corrupção, como Jânio Quadros e Fernando Collor. Defensor da ditadura militar, de milícias, de torturadores, seu discurso radical agradava à boa parte de uma população aterrorizada pelo medo da violência, que grassa por todo o país. Um dos grandes erros de todos os governos pós-redemocratização do país, foi verem a segurança pública como assunto secundário, coisa de gente autoritária, saudosa da ditadura militar. A inoperância dos governos democraticamente eleitos, todos eles, repito, nesse quesito, talvez tenha sido o maior general (cabo é pouco) eleitoral de Bolsonaro. O medo tira a razão, junto com ódio, gera insanidade. Algum candidato mais reacionário e insano que Bolsonaro?
Eleito, eis suas medidas de combate à corrupção: acabou com o o Coaf, órgão essencial no combate aos crimes de colarinho banco e ao tráfico de drogas ("siga o dinheiro"); tenta transformar a Polícia Federal, um órgão de Estado, em um apêndice de seus interesses e os de seus filhos; voltou ao "centrão", um dos seus principais alvos na campanha; e, o gran finale, desmoralizou Sergio Moro, principal símbolo de combate à corrupção (menos para as esquerdas, por óbvio) do Brasil. Para menos de um ano e meio de governo, um trabalho e tanto de destruição ao "combate à corrupção" que o elegeu.
É por coisas assim que faz muito tempo que só acredito na Marieta, minha mula-sem-cabeça-com estrela-na-testa.
É por coisas assim que faz muito tempo que só acredito na Marieta, minha mula-sem-cabeça-com estrela-na-testa.
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