E de propina em
propina o Brasil vai virando uma imensa latrina.
Duro mesmo é ter de
ler ou ouvir dos que nos disseram por mais de duas décadas que iam “mudar tudo
que está aí” hoje afirmarem, cinicamente, quando são acusados de também
estarem chafurdando na lama da corrupção o já manjado “nós só fazemos o que todo
mundo já fazia”. O que nada mais é que uma patética confissão de culpa. Pra
fazer o mesmo que ficassem os antigos corruptos- com eles, ao menos, a gente
não se decepcionava, ou alguém espera algum ato de nobreza cívica de um Zé
Sarney, de um Paulo Maluf ou de um Renan Calheiros?
Bem, vou encerrar
esta peroração. Tenho que encontrar meus advogados. Quero um habeas-corpus
preventivo, pois ando querendo faturar umas propinas disfarçadas de consultoria para empresas, embora não entenda patavinas do assunto, e não admito ser preso por fato tão corriqueiro; e preparar um dossiê
para, caso seja injustamente detido, denunciar ao mundo o quão injusto é nosso Poder
Judiciário, que ousou prender um corrupto tão inocente quanto eu.
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