Acordar antes das cinco da matina com um telefonema do
Jilozinho direto de São José do Calçado, é só para os fortes.
- Jarrão, seu viadão gay, tudo em riba?!
- Estava, Jilozinho, estava... Até você me acordar!
- É que preciso de sua ajuda, Jarrão. A Ritinha Boca de Seda
tá embocetada comigo e disse que não me dá sua “delação premiada” nem se a vaca da
Dilma parar de tossir! Esse mundo tá muito cheio de viadagem, Jarrão! Só porque andei dando umas beiçadas a
mais a muié virou o cão! E ainda me ameaça com a tal lei da dona Penha do
Osvaldo! Não me conformo com isso, Jarrão, a dona Penha é tão boa, foi nossa
professora e me faz uma lei dessa só pra nos fuder!?
- É, Jilozinho, sua situação né boa não! Acho melhor se
comportar, caso contrário ainda tá sujeito a levar umas galhadas da Ritinha.
- O safado do Totó já tá se arreganhando todo pro lado dela!
Bichim treteiro! Mas aqui no meu terreiro ele não arruma é nada! Falar nisso,
vem passar o Natal aqui esse ano, até lá o Serguei, o filhote de veado-campeiro
que o o Totó tá criando, vai tá no ponto pra gente comer! Vai ser uma beleza
esse Natal: vou comer o veado do Totó e
o peru do Jarrão, que não serve mais pra nada! Vai ser muito é bão! Jarrão,
falando de coisa séria agora: aquele tal de Bil num pode mais jogar no nosso
Fogão! Manda ele pra cá pra dar umas beiçadas comigo! Isso ele sabe fazer, já
viu os olhim papudim dele?! É pinguço dos bão! Que nem ocê antes de enviadar
parar de beber e dar pra ficar de viadice escrevendo poesia! Você, Jarrão, depois que ficou irresponsável e
abandonou a esbórnia, além de enviadar, ficou um ser muito chato! E não quero
mais conversa , fico muito triste quando lembro dessa sua traição! Vou abrir os
trabalhos...
Eu mereço.
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