O negócio do Zé Protesto, como o apelido já insinua, é protestar. Protesta contra tudo, o Zé. Da alta de preços nos supermercados à conta do boteco, sem falar nos juízes que vivem a roubar seu Botafogo- neste caso, protestos mais que justos.
Com as manifestações que tomaram conta do País nos últimos dias, nosso Zé anda feliz da vida. Anda afirmando que graças às suas perorações o povo brasileiro, enfim, resolveu seguir seu caminho.
Esta semana está com a agenda cheia, hoje vai comandar uma passeata em seu prédio pela demissão do síndico. Os manifestantes marcharão descendo pelas escadarias do prédio e farão uma concentração na portaria.
Amanhã, terça-feira, Zé irá a uma manifestação contra a tal PEC 37 pela manhã, e em outra pró PEC 37 à tarde, pois como não sabe do que trata a estrovenga jurídica, não é contra nem a favor, mas é solidário aos manifestantes.
Na quarta é dia de participar de uma manifestação pedindo o impeachment da presidente Dilma. Na quinta, em outra, desta feita de apoio à presidente Dilma, pois Zé tem amigos que defendem as duas posições e é, antes de tudo, solidário aos amigos e aos protestos.
E assim vai nosso rabugento Zé Protesto, feliz com a atual onda de protestos que tomaram conta do Brasil, tão feliz que fez até uma paródia da canção "Pra não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré, hino dos que protestavam contra a ditadura militar: "Protestando e gritando/ E seguindo os protestos/ Somos todos iguais/ Braços dados ou não/ Vem vamos embora/ Que quem não protesta/ Não sabe viver..."
Como Zé canta muito mal, seus vizinhos andam querendo fazer um protesto contra sua repetitiva cantoria... Zé, ao saber do fato, se prontificou a organizar o protesto.
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