A chuva forte quebra o silêncio da madrugada. Fugazes lembranças atropelam minha mente. Lembro-me da finitude da vida. O fim. Que todos teremos. E não queremos. Tenho medo da morte. Tenho medo da vida. Mas vivo. Com medo. E vou morrer. Com medo. Busco coragem. A vantagem da morte é que não me lembrarei que estarei morto. O medo não mais existirá. A chuva diminui. O medo se encolhe. Gosto de ver o dia nascer. Todo dia. O renascer da aurora. A vida continua. Até a morte. E depois. Seguirá renascendo a aurora. Para outros olhos. A gatinha Naná mia na calçada. A chuva morre lentamente. Em minutos os pássaros começarão a cantar. Acordando o dia. A vida. À vida. Bom dia...
Foto: Marcos Teixeira Estrella/TV Globo |
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