15 de dezembro de 2012

Mas as cicatrizes ficaram

Perder-se...Perder-me...Perdi-me.
Anos vagando sem rumo
Sem chão no mundo
Por quê? 
Não cabia-me em sentimentos
E saí-me espalhando-os a esmo
Como um cego sem bengala sem cão-guia

Procurei-me em bares vários
Em copos cheios e corpos d'alma vazias

Perder-se...Perder-me...Perdi-me
Doer-se...Doer-me...Doí-me

Despedacei-me. Desesperancei-me.

Afundei-me em poço sem-fundo
De dor [ Desamei-me ].

Por quê?
Por excesso. De mundo abarcar.

Lágrimas umedecem meus olhos.

Passou. Escapei-me do poço. Sem fundo. Sem sonho. Só dor.

Mas as cicatrizes ficaram. Às vezes [ Agora ] necessito acariciá-las. Acarinhá-las.
São minha história.

                                                           



Um comentário:

  1. Há pouco tempo um amigo me disse: "Há de quebrar-se a semente para germinar o solo". E é isso mesmo, querido. São essas cicatrizes que nos fazem crescer e contam a nossa história. Um beijo, com amor.

    ResponderExcluir