Dizem-me que sou só, ledo engano,
ou será desengano?
Só era-me eu quando andava perdido em noites vadias,
acompanhado de falsos amigos de fantasia,
deitando-me em corpos de mulheres vazias,
a triste solidão da boêmia.
Solidão não é estar só,
é estar vazio d'eu,
procurar no fundo de um copo,
em um corpo,
a tal felicidade eterna,
não existe- a maldita!
hoje vivo uma paz terna,
e vou-me indo, mesmo que só.
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