7 de dezembro de 2011

Farto de mundo

estou farto
de mundo não
não coma
não fume
não beba

seja bonito
esbelto
rico
belo

siga a manada
atropelando o que vir
o importante é vencer

estou farto
do fardo mundo
de mim
de tudo imundo

de gentes
deuses

palavras vãs

farto de minha imperfeição
mundo de gentes tão perfeitas

4 comentários:

  1. Só tenho a te parabenizar pelo poema. Assina embaixo, em cima e por todos os lados. Vários de meus poemas abordam temáticas semelhantes a essa. Um deles:


    E eu não sabia o que digo...

    o Horror veio e jantou comigo
    e em nele eram
    os todos em que já não
    (que ele existe-me no que te sigo)
    e falamos como se insanos
    entre um copo de água quente
    (daquela, água ardente)
    e um prato de feijão

    alguma coisa não estava bem
    (era como se um algo me olhasse além)
    e gritei oh Mãe do que me era
    para onde foi o teu foste?

    e qual dos 7 é que me é?
    e era vasto o cheiro de café
    quando uma voz me sorriu estranha...
    (o Caos me serviu outro trago de canha)

    era o Horror que me perguntava
    se (r)indo:
    “então amar já não está mais
    na moda?”

    e eu não sabia o que digo
    (ao Horror, o meu melhor amigo)
    e proferi:

    é foda!

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  2. Pior que não há outro. O jeito é tolerar este mesmo.

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