13 de novembro de 2011

"Eu sou a vergonha da polícia do Espírito Santo"

Em Miracema, progressista cidade do noroeste do estado do Rio de Janeiro, lá pelos idos da década de sessenta do século passado, havia um cidadão que era gay, discreto, tinha um caso na surdina e vivia sua vida, cercada de preconceito e repressão, um dia consegue um emprego e vai ser policial militar no Espírito Santo, "abandonou" sua vida de gay ao virar "ôtoridade" em Guaçui- que por mera coincidência significa veado pequeno em tupi-guarani, hoje seria gay pequeno-, prossigamos, certa vez estava nosso bravo policial na rodoviária de Guaçui quando encontra seu ex-affair de Miracema, cumprimentam-se, conversam e pouco mais o antigo amante diz estar com saudade e o canta, ele diz que agora é policial e havia abandonado aquela vida, mas...sabem como é...a carne é fraca...e ele cedeu aos seus desejos que estavam bem guardados no mais recôndito canto de sua alma.
Dirigiram-se ao banheiro da rodoviária e quando nosso heroi, que estava envergando a impoluta farda da gloriosa polícia militar capixaba, desafivela o  cinto e começa a abaixar suas calças, exclama, indignado consigo mesmo:
- "Eu sou a vergonha da polícia do Espírito Santo!"
Eu, como capixaba, concordo.



Obs: O caso é verídico e me foi contado por meu amigo Saint-Cair, quem quiser boa leitura visite o blog dele: Asfalto e Mato

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