2 de junho de 2011

Têm coisas que só acontecem comigo e com o Botafogo

Têm coisas que só acontecem com meu Botafogo e comigo. Ainda agorinha desci com o Toy e me deparo com meu vizinho de porta com o carro ligado e roncando, bêbado feito um gambá, com a cabeça em cima do volante e babando. Um bêbado clássico, inclusive de terno. Desliguei o carro e tentei acordá-lo, em vão, o vizinho de cima chega na janela e disse que havia tentado também, pedi que tomasse conta de nosso ébrio amigo e fui dar minha volta, quando voltei conseguiu acordar o homem e disse: -Vamos para casa, eu te ajudo( o Toy latindo do lado ).
Ele, com aquela tradicional voz pastosa:
- Não posso, tô sem chave e a mulher não quer me deixar entrar.
Nisso o outro desceu e eu disse:
- Vamos lá, eu convenço ela.
Agarramos o fardo de álcool e subimos, depositamos a indesejada encomenda na escada e toquei a campainha, sua mulher- que é muito simpática-, atende e vai logo dizendo:
- Nem adianta que aquela coisa não entra aqui naquele estado.
Com vasta experiência no assunto disse, calmamente:
- Bom, então vou levá-lo para dormir lá em casa, que na escada não dá, tá muito frio.
Ela parou, me deu uma olhada, daquelas que vocês conhecem e disse:
- Faz o seguinte, peguem o traste e botem ele aqui no sofá, que no quarto ele não entra tão cedo!
Eu e o Robin, doidos para rir, pegamos a pesada mala ébria e a alojamos no sofá, roncando feito um suíno.
Tô morrendo de pena dele quando acordar. Ressaca e esporro de mulher, juntos!, ninguém merece.

                                                         

Um comentário:

  1. A pinga cobra seu preço. E ele vai ter de pagar. É ou não é?
    PS: Estou em Miracema e voltei agora de uma comilança árabe. Sorry, periferia!

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