13 de janeiro de 2011

Totó quer trocar dólar no câmbio afrodescedente

Totó, não o corno genérico e cabeludo lá da novela Enjoassone, ops., desculpem, Passione, mas o original, o nosso aqui do blog, acaba de me ligar lá de Calçado, continua com sua cruzada politicamente correta e diz que vai mudar o mundo. Vamos ao telefonema de nosso Totó:


- Toinha...seu burrinho, a Ritinha Boca de Seda( não adianta, não digo o motivo do apelido), enxotou o Jilozinho de casa, a anta está aqui, ele chegou ontem na casa dele e já tinha bebibo algumas, a Ritinha disse que precisavam discutir a relação deles, essas bobices modernas que as mulheres inventaram para encher o saco da gente, ele disse pra ela que pênis e vagina- ele usou os nomes tradicionais, mas não falo mais termos chulos- não discutem, antes se completam, portanto, em vez de discutirem eles iam ter relação. Não prestou, ela pegou a vassoura deu uma coça nele, o Foguinho( cachorro pinguço e tarado do Jilozinho) foi se meter, levou uma vassourada nas fuças e agora estão aqui me atazanando as ideias.
Mas estou ligando porque preciso de um favor seu, dei uma entrevista para uma jornalista afrosueca e ela me pagou em dólar, vou mandar pra você, troca aí pra mim, mas no câmbio afrodescedente, que não tô a fim de pagar imposto. 


- Câmbio o quê?!- indago assustado.


- Câmbio afrodescedente ué, ex-câmbio negro, sua besta! E não me interrompa quando estou falando, é falta de educação, e não reclame que a ligação é a cobrar, o telefone é meu e ligo do jeito que quiser. Você sempre foi a ovelha afrodescedente de sua família, vivia bebendo cachaça e andando com aquela piranhada que conheci aí alguns anos atrás, depois que parou de beber fica aí querendo dar uma de moralista, te conheço Toinha, desde novinho...Rapaz , lembra do Nêgo Véio, aquele negão afrodescedente que era amigo da gente quando éramos criança? Pois é, depois de muitos anos apareceu aqui em Calçado e veio aqui em casa, quando abri a porta me deu um abraço apertado, depois se afastou e me perguntou: " Tá lembrado de mim?" Eu olhei um pouco e respondi:- Claro, como ia esquecer um amigão de infância, você é o Afro Véio...que saudade!!!
Acho que não gostou, falou que Afro Véio era minha mãe e foi embora. Falta de cultura é um problema...Vou lá, o Foguinho está querendo estuprar a Menga( galinha de estimação do Totó) outra vez. Fui...




Foguinho, o cachorro tarado e pinguço do Jilozinho
                                                                                     

Um comentário:

  1. Zatonio, se minha irmã Cristina não conhecesse os dois, diria que isso ainda é resquício de delirium tremens dos tempos d'atanho (é possível isso?). Mas os dois existem. Que figuraças!
    Ótima crônica.

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