28 de dezembro de 2010

Totó está feliz com o assassinato do Totó

Fui acordado por volta das três da manhã por um telefonema de Totó, estava feliz nosso Totozinho, muito feliz! Veja o motivo:

- Toinha!!!- berra ele a plenos pulmões, quase estourando meus tímpanos com sua voz fina e grave.

- O que é Aristides?

- Não precisa mais me chamar de Aristides, pode me chamar de Totó novamente, o Totó genérico lá da Globo morreu ontem. Estou livre daquele chavelhudo cheio de pêlos que estava desmoralizando meu apelido. Corno safado! Bem feito!

- Mas Aristides, comemorar a morte dos outros é pecado mortal, você é tão católico, além do mais chamar os outros de corno é politicamente incorreto.

- Então tá, estou triste de felicidade pelo passamento de meu genérico provido de excesso de galhos. Pronto, resolvido o problema. Eu só não entendo muito bem é porque ficam mudando o nome das coisas sem mudar às coisas. Ficou aqui matutando: que diferença faz chamar o sujeito que é surdo de deficiente auditivo, ele não escuta mesmo, lembra do Mudinho filho do Zé Thomás, pois é, agora é deficiente auditivo, mas continua surdo feito uma porta! Puta agora quer ser chamada de modelo, mas na hora do vamô ver continua tudo a mesma coisa: pagamento adiantado, horário marcado...ainda não entendi muito bem o por quê de tudo isso, mas estou estudando. Não sei, você é mais lido que eu, mas ando desconfiado que estamos caminhando para um fascismo social hipócrita, onde um grupo quer impor sua visão de mundo aos outros não mais através do Estado, mas de pressão social e patrulhamento constante de seus pensamentos, e tem mais, o sujeito pode ser um grande canalha, mas se fizer um discurso politicamente correto, se dizer de esquerda( não precisa ser, tem de parecer ser) tá tudo certo. Outro dia li um camarada, até conhecido, um dos próceres do politicamente correto, dizer que mulher fazer sexo oral- custei pra descobrir que boquete agora chama sexo oral!- em seu parceiro é símbolo da submissão feminina perante o homem, ou seja, querem controlar até a vida sexual dos casais, se um casal quer fazer sexo oral, 69, ou outra coisa qualquer é problema individual deles. Falam em respeitar  diferenças desde que sigamos sua cartilha. Comigo não, se não gosto de uma coisa tenho o direito de não gostar, por exemplo, posso não gostar de gays, problema meu, não tenho o direito é de discriminá-los ou perseguí-los apenas por não gostar deles, que vivam sua vidas como qualquer ser humano, com todos os direitos e deveres inerentes aos homens e mulheres que vivem em sociedade. Gosto não se discute!
- Tá certo, Totó, você está me saindo melhor que a encomenda, é isso mesmo, ninguém é obrigado a gostar ou deixar de gostar de algo ou de alguém para ser aceito socialmente, temos é de respeitar os direitos dos outros, todos!, da mesma maneira que gostamos que respeitem os nossos. O resto é imposição e discurso barato de pseudo-intelectuais fascistinhas com discursozinhos modernóides. Abraço!

                                                                            

Um comentário:

  1. Totó ainda chega à Academia Brasileira de Filosofia. O discurso tem embasamento e o cacete a quatro!

    ResponderExcluir