3 de dezembro de 2010

Ando um veneno só

Como ando " debochento" nos últimos dias, vou continuar com meu debochismo, afinal é melhor rir que morrer de raiva com as estultices que ando vendo em nossa gloriosa e impagável pátria.
Como a moda agora é quota, fico vendo  a montagem do ministério da Dilma e parece que vejo um bando de piratas dividindo o butim arrecadado em um velho galeão espanhol. Tem a quota do PMDB- e dentro dela a quota do Sarney; a do Cabral; a do nordeste e assim por diante. Esse negócio de competência fica pras calendas gregas. O negócio é fatiar o Estado entre os vencedores. E não venham encher meu saco: eu votei na madame! Se fosse o Serra sería a mesmíssima coisa, só que com outros cotistas.

Acho que vou convidar meus amigos Paulo Laurindo, Ricardo Novais e o Saint-Clair ( clique nos nomes e visitem os blogs deles, os danados são bons!), para fundarmos um novo movimento- nunca vi tanto movimento sendo fundado, quase todos com às mãos direcionadas aos cofres públicos-,  o MOSQ- Movimento dos Sem Quota, chega de ficar comendo mosca, quero comer caviar também. Somos tão criativos em sugar dinheiro público- nós, brasileiros- que nossas Ongs, prestem atenção no nome do troço: Organização Não Governamental, ou seja, independente do governo, não é? É...não...não é, aqui são todas, com as raras exceções de praxe, financiadas pelo governo, ou seja, por nós, os otários de sempre.

Eu tenho um conhecido que é do PDT, cuja quota inclui o Ministério do Trabalho, pois bem, arrumou " emprego" para o irmão em duas Ongs que têm convênio com o dito ministério e dividem o ervanário. Qual o trabalho? Sacar o dinheiro no banco e dividir. Depois não sabemos o por quê da falta de verbas para saúde, segurança, educação e outras obrigações constitucionais do Estado. Temos de acabar com a fantasia que só a direita rouba- taí o Zé Dirceu e seus mensaleiros que não me deixam mentir- tem muito ladrão na esquerda, tá certo, o discurso é mais bonito- mas o roubo é o mesmo.
 Só não sei ainda o quê minha Ong vai fazer, ou melhor, dizer que vai fazer, não gostamos de prática, gostamos de discursos fanfarrões para aplacar nossa iniquidade moral.

Acho que tem umas moléculas dessas novas, que comem arsênico, passeando em minha mente. Ando um veneno só! Que bom...

                                                                 

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