16 de novembro de 2010

Pelas solidões do mundo

Correr, correr, correr
sem pressa
pela imensidão
da praça
de minha infância.

Ah...o tempo...
Levou-me
de minha praça
querida, dos amigos
de toda vida.

E fui-me
a navegar pelas
solidões do mundo.


Vaguei ermas dores
tristes amores,namorei
belas flores...perdidas
na vastidão do nada.

Bebi bares sem fim,
deite-me em mulheres
perdidas de solidão
minha.

Doí-me tanto
e em tal pranto
que recolhí-me
no casulo do desencanto.

E aqui do meu casulo canto
um dia...reencontrei
o prazer do amor.

Resta-me esperar
que não seja só dor
mais, meu reencontro
com a esperança.

                                                                         

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