2 de novembro de 2010

Na vastidão do oceano

E serei veleiro
a singrar sem rumo
todos os mares do mundo

Velejarei em solidão
serei eu e meus fantasmas
[ são eles: desencanto
                                     frustração
                                                    saudade]

E na praia mais deserta
recolherei a mais bela flor


E a carregarei comigo
morrendo devagar
como o amor que tento
matar em mim

Mas não sou assassino
sou apenas um homem
com alma de menino

E deixarei que o amor viva
ele não tem culpa do tormento
de min'alma exangue

E na vastidão do oceano
olharei o infinito
que é o exato tamanho
da saudade que sinto


                                                                                                                                                                                       

3 comentários:

  1. "...e ver uma flor brotar do impossível chão..."
    Belíssimo, como sempre!

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  2. Tus huellas siempre florecen, amigo del aire. Un abrazo.

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  3. Caro poeta,

    "Mas não sou assassino
    sou apenas um homem
    com alma de menino."

    Todo poema tem uma construção forte e dócil ao mesmo tempo. O que mais dizer...Adoro ler você.

    Bjs e bom final de feriado

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