Sou terra arrazada, seca, esturricada;
o fogo do amor, da paixão, da saudade
da solidão, arde em meu peito, queima
minh'alma; mas deixo-me queimar até
o fim. Serei cinzas, terra seca, vazia e
triste. E por sob o deserto que me transformei, hei
de brotar novamente, renascerei do fogo que me ardeu,
e a vida renascerá, florescente, luminosa, radiante. E
seguirei firme, imponente, em busca do amor que quero,
ainda que ele insista em me negar, não por falta, mas por medo.
Medo de mim, que sou amplo, sou muito, sou intenso, sou fogo
que arde; mas não vou te queimar, morena linda, morena minha;
vou te incendiar, em desejo, em luxúria, e arderá em meus braços,
e seremos incêndio incontrolável de paixão. Um dia...uma eternidade
O fogo...
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