16 de setembro de 2010

Vou explodir

Poder, eis a maior das questões humanas, talvez a amizade seja, dentre todas, a que exija menos interferência do poder e,  por isso mesmo, sejam tão poucas. Quando discutimos relação com nossa companheira, estamos discutindo poder- o delas sobre nós, claro!-; quando disputamos o controle da TV, estamos disputando poder; tudo é poder, e o não poder- a impotência, talvez seja a pior de nossas frustações. A tal da igualdade, que tanto sonhamos e em nome da qual tantos morrerram, é uma balela, não existe e nunca existirá. Equilíbrio, é mais factível, herdamos da Revoluçao Francesa o lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, não pode haver igualdade com liberdade, que pressupõe diferença. O Estado tem obrigação de combater a desigualdade, mas ao mesmo tempo não pode impor a igualdade, as sociedades mais justas conseguiram um certo equilíbrio na desigualdade.
Poder ou não poder, passamos a vida nesse dilema, não posso comer açucar, não posso isso, não posso aquilo outro; ela é minha mulher, ele é meu fiho, nos achamos donos do outro e das coisas, aí vem a morte e a festa acaba. O poder da morte, o medo que gera em nós, cria um novo poder: o das religiões, que, via de regra, nos prometem a eternidade se seguirmos seus preceitos e nos submetermos a seus dogmas, por mais estapafúrdios que sejam. Pelo que andei lendo o melhor céu é o dos muçulmanos, se você morrer como mártir, dentre tantas benesses, terá SETENTA e SETE VIRGENS ao seu inteiro dispor. Sem sogras pra te atazanar, nem pensão alimentícia para pagar. Tão falando que o Bin Laden já anda até prometendo uma cota extra de viagra pro seus homens-bomba, medida de segurança.

Meus avós por parte de pai vieram do Líbano, mas eram cristãos, acho que vou inaugurar o ramo muçulmano da família e virar homem-bomba, só estou em dúvida onde vou me explodir: se na sede do Botafogo, para acabar com nosso infinito sofrimento de vez; ou no Congresso, para livrar o país de algumas ratazanas. Mas antes estou tentando fazer um acordo com Maomé: em vez de SETENTA e SETE, OITENTA VIRGENS... número redondo, fica mais fácil: 10 louras, 10 morenas, 10 ruivas, 10 mulatas, depois: 10...sei lá...é muita virgem por uma explosãozinha de nada. Já imaginaram, chego no céu e... Alá...Alá...Alá...Alá....a minha mulherada!!!

Reclamações feministas deverão ser endereçadas à embaixada do Irã. Só estou seguindo os rígidos e justíssimos preceitos religiosos de minha futura religião. Bem , tenho de ir, vou comprar dinamite...SETENTA e SETE...VIRGENS....vou explodir, podem ter certeza.






Tô chegando...

4 comentários:

  1. Anônimo9/16/2010

    O senhor precisa virar muçulmano e morrer para conseguir comer alguém? isso é muito triste.

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  2. Hahaha...talvez Anônimo, nem tão anônimo(a) assim...hahaha!

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  3. Só não amarre os explosivos na área de lazer, porque, aí, não vai haver viagra que resolva no outro mundo!

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  4. Olha, se com apenas uma o negócio já rumos de catástrofe, não quero nem pensar na possibilidade de ter que me dividir em 80. Aliás, tem um filme com o Marcelo Mastroiani, onde ele adentra a uma Assembléia de Mulheres e, meu amigo, dá prá mim não aquilo! Se nem o Marcelo, uma casanova de primeira, domou aquelas trigresas, tô lascado, viro farelo num minuto!

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