14 de setembro de 2010

Não saudade

Um afeto,
que guardei.

Um beijo,
que não dei.

Um abraço,
que neguei.

Um afago,
que refuguei.

Um amor,
que reneguei.

São saudades,
que não terei.






6 comentários:

  1. Bellísimo. Otra muestra de tu ingente sensibilidad.

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  2. Eli,generosidade sua. Beijo!

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  3. Poema lindo e cirúrgico, muito bom mesmo!

    Um abraço, Zatonio.

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  4. Podem acusar-me de tudo, menos de não saber amar.

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  5. Olá, cheguei aqui por indicação do twitter do Ricardo Novais. Que bom poder conhecer o seu espaço!

    Isso é que se pode chamar de 'consciência'.
    Bom demais, ter os sentimentos e as palavras, tão sob controle.
    Belo e preciso poema.

    Abraços,

    Moni
    Parabéns!

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  6. Também se pode ter saudade do que não houve, não é mesmo? Lembrei-me de um verso de Manuel Bandeira, carregado da mais profunda saudade: "A vida que podia ter sido e não foi".
    Um abraço

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