6 de julho de 2010
Pedras
As pedras do meu coração não são rochas, antes são pedras que guardo com carinho. Dos amores que se foram; dos amigos que partiram; da solidão de saudades várias. Minha solidão não é solitária, antes ao contrário, é povoada de uma infinidade de perdas não perdidas, preservadas pela saudade-ausência presente em meu coração petrificado de diamantes que não soube lapidar. Guardo-os brutos, autênticos, às vezes- sempre- me cortam, outras, não tantas, me iluminam com seu brilho infinito. De infinita saudade! Nunca matei saudade, não tenho coragem. Guardo-as, pedras brilhantes e brutas, que iluminam e machucam. Pedras onde tropeço e me sento para descansar e seguir adiante. Novos diamantes no caminho, mais saudades a carregar, mais alegrias, mais tristezas, mais sorrisos, mais lágrimas-muitas. E vida vivida. Estou ouvindo " Bolero" de Ravel.É como minha saudade, começa pequena, vai crescendo...crescendo...até explodir em milhões de pequenos diamantes. Junto-os todos, são minha vida, minha fortuna. Saudade não é voltar ao passado, é fazer o passado presente. E chorar quando o presente se esvai. Passado novamente!
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Opa, que bateu uma saudade, saudade não sei de que. Mas, saudade gostosa de ser só saudade. Bom, vamos economizar água que a gente não sabe o dia de amanhã.
ResponderExcluirMeu amigo, que linda postagem, vc escreve bem demais viu... amei cada palavra. "Nunca matei saudade, não tenho coragem."
ResponderExcluirEstou com saudades de minha terra, de meu povo... saudade de Minas.
MAs essa eu vou matar em breve, tenho coragem
Beijos amado :)
Pegou pesado, heim Zé Antonio! Saudades e palavras como diamantes a brilhar no seu texto. Beleza, mano!
ResponderExcluirSaravamos o Grande Zé!
ResponderExcluirAbraços
Heitor