Frequentemente os botafoguenses são nomeados disto, daquilo e daqueloutro. Consideram-se, e são considerados, estranhos, pertencem a uma minoria esclarecida, geralmente não obedecem à suposta ‘voz do dono’ como outros torcedores bem conhecidos o fazem e, consequentemente, são incómodos, incomodam e, para piorar, jamais se deixam agrilhoar pela insanidade invisível da auto-censura dos valores vigentes.
Estas linhas vêm a propósito, e por inspiração, de uma crónica que li nas ‘estradas’ da rede internacional, vulgo Internet. Trata-se de uma crónica do botafoguense Zatonio, que reproduzo até ao ponto em que se refere ao niilismo botafoguense.
***
BOTAFOGO
por Zatonio
http://zatonio.blogspot.com
“E lá se vão quarenta anos. Veio-me à memória, a cada dia mais saudosa e nostálgica (idade...), o time do Botafogo dos anos sessenta.
Sou de uma geração que cresceu nos anos dourados do futebol brasileiro. O auge, de 1958 a 1970.
Botafogo e Santos. Garrincha e Pelé. Símbolos maiores da glória de nosso futebol.
Tornei-me Botafogo "vendo" pelo rádio, os dribles de Mané, a categoria de Nílton Santos e Didi, os gols de Quarentinha. Doces anos...os amargos viriam a seguir.
Somos esquisitos, nós botafoguenses! Trágicos, pessimitas, orgulhosos. Sim, extremamente orgulhosos. Afinal, qual clube no Brasil foi fundado três vezes?! O Botafogo, ora! O de Regatas, 1894; o de Futebol, 1904; e o atual, (con)fusão dos dois, em 1943.
Vocês não sabem, mas os deuses do futebol não gostam do Botafogo, nem nós deles.
Como vingança somos ateus, ao menos no futebol. Fazemos nossos deuses – Heleno, Garrincha, Nílton Santos, Didi, Gérson, João Saldanha – humanos, nossos deuses.
Complicado, o Botafogo. Mais, ainda, seus torcedores. Acreditamos piamente, nós alvinegros, em destino. E temos a mais plena convicção que o injusto destino está contra nós. Sagrada verdade botafoguense.
E quer saber, melhor assim, somos um poço de superstições. Usamos todas, com a certeza dos céticos, de que, no final, dependemos de nós mesmos. Nada, nem deuses, nem macumba, despacho, novena, figa, nada funciona a nosso favor. Inda sim, cremos, ou fingimos crer. Niilistas, que somos.”
***
Chegados a este ponto da crónica de Zatonio, que encerra razões e emoções assaz interessantes, importa deslindar o que vem a ser o niilismo. Por uma questão de facilidade de acesso aos leitores que queiram aprofundar o conceito, recorri, na minha argumentação, ao sítio http://niilismo.net/forum/viewtopic.php?t=58. Todas as citações que se seguem reportam a este sítio.
“Expressão exacerbada do materialismo e do positivismo, (…) o niilismo (do latim nihil, "nada") é uma doutrina filosófica e política baseada na negação seja da ordem social estabelecida, seja de todas as formas de esteticismo, assim como na defesa do utilitarismo e do racionalismo científico.”
“Heidegger [considera que] o termo foi empregado pela primeira vez em 1799, pelo filósofo alemão Friedrich Heinrich Jacobi, [mas foi o russo] Turgueniev [que] o empregou para designar a existência apenas do que é perceptível pelos sentidos, [negando] tudo o que se fundamenta na tradição e na autoridade.”
“O niilismo russo (…) negava Deus, o espírito, a alma, as ideias, as normas e valores supremos. (…) Tudo deveria concentrar-se na libertação da classe trabalhadora, na luta contra as superstições e preconceitos, ideias e convenções que oprimem o homem e o impedem de ser feliz.”
Tal coisa pode pressupor que o niilismo é a crença de que nenhum valor tem base e de que nada pode ser conhecido ou comunicado; e que um niilista não acredita em nada, não tem lealdades e nenhum outro propósito além do impulso para a destruição.
Ora, nenhum valor ter base é, em si mesmo, uma base e que nada possa ser comunicado é, em si mesmo, comunicação. Diz-se que o niilista não acredita em nada, no entanto, essas pessoas acreditam que existe uma entidade (o niilista) que acredita em nada.
Porém, o niilismo significa, implicitamente, que para se destruir tem que se reconhecer a substancialidade do que se busca para se poder destruir aquilo em que não se acredita. Donde, é necessário levar mais longe a reflexão sobre o niilismo.
O niilismo de Nietzsche não é entendido nesta forma mais popularmente divulgado, possuindo uma significação muito mais ampla e profunda. Trata-se do niilismo europeu, ou ocidental, “processo histórico que, de raízes mergulhadas nos séculos anteriores, deverá determinar os séculos futuros”. A sua essência consiste na negação do “mundo supra-sensível em geral, e os ideais, as normas, os princípios, os fins, os valores que, colocados acima do mundo terreno, lhe davam orientação e sentido”. Para Nietzsche, o niilismo é o advento da consciência de que todos os fins e todos os valores que até então davam sentido à vida humana se tornaram caducos.
A libertação exige uma "transmutação de todos os valores", a qual exige o desaparecimento do "lugar" em que se situavam os valores, quer dizer que “a metafísica, em Nietzsche, passa a ser uma axiologia, isto é, uma teoria dos valores” a partir da qual uma nova hierarquia de valores floresce.
Portanto, o niilismo não consiste apenas na desvalorização dos valores supremos aceites, mas também na criação de novos valores que substituam os antigos. O niilismo será, então, a característica desse estádio intermediário entre o crepúsculo dos deuses antigos e o anúncio do mundo novo, feito à imagem e semelhança do homem.
O Club de Regatas Botafogo foi de certo modo niilista quando Luiz Caldas abandonou o Club Guanabara e fundou o grupo de Botafogo, que daria origem ao nosso clube em 1894, precisamente porque se opôs às apostas no remo e protagonizou a luta por novos valores que durante a 1ª década do século XIX foram incorporados finalmente no remo.
O Botafogo Football Club tornou a ser niilista quando, em 1911, fundou novos valores de solidariedade em lugar dos valores seculares da individualidade, abandonando a Liga Metropolitana de futebol em apoio ao seu camarada Abelardo Delamare.
Forma complexa de pensar mas simples de agir, o niilismo representa a esperança de um futuro melhor do que aquele que a secularidade nos impôs. Talvez por isso Zatonio tenha afirmado que usamos todas as supertições (embora isso contradiga, de certo modo, o niilismo que rompe com as tradições) com a certeza dos céticos, ou dos niilistas (de que Zatonio seria o inspirador do novo ‘niilismo superticioso botafoguense’), mas que, no final, temos a certeza de dependermos exclusivamente de nós mesmos. Isto é, Zatonio, eu e a elite de botafoguenses eleitos pela Deusa D’Alva, temos a certeza que somente a inovação vinda de nós mesmos pode reconstruir novos valores e inaugurar o nosso futuro desejado.
Portanto, meus amigos, serei mais um botafoguense niilista. Jamais defensor de valores sociais imutáveis, vivo desde há muito tempo um estádio intermédio de transmutação de todos os valores; pugnando pela ruína dos atuais e pela criação de valores que abram novos mundos ao mundo botafoguense.
Entre o crepúsculo dos antigos deuses botafoguenses e um novo mundo feito à nossa imagem e semelhança, que será necessariamente um mundo em profunda e permanente transmutação, uma nova elite de botafoguenses surge e anuncia que novos valores se erguerão.
O botafoguense niilista (não supersticioso) que vos escreve, situado entre os antigos deuses dos gloriosos anos cinquenta e sessenta e um mundo novo de século XXI no qual a Estrela Solitária brilhará novamente, pugna para que a nossa Deusa que guiava os remadores ao romper da aurora se erga reconstruída para um novo milénio.
Porque o Botafogo renasce sempre para a eternidade!
Estas linhas vêm a propósito, e por inspiração, de uma crónica que li nas ‘estradas’ da rede internacional, vulgo Internet. Trata-se de uma crónica do botafoguense Zatonio, que reproduzo até ao ponto em que se refere ao niilismo botafoguense.
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BOTAFOGO
por Zatonio
http://zatonio.blogspot.com
“E lá se vão quarenta anos. Veio-me à memória, a cada dia mais saudosa e nostálgica (idade...), o time do Botafogo dos anos sessenta.
Sou de uma geração que cresceu nos anos dourados do futebol brasileiro. O auge, de 1958 a 1970.
Botafogo e Santos. Garrincha e Pelé. Símbolos maiores da glória de nosso futebol.
Tornei-me Botafogo "vendo" pelo rádio, os dribles de Mané, a categoria de Nílton Santos e Didi, os gols de Quarentinha. Doces anos...os amargos viriam a seguir.
Somos esquisitos, nós botafoguenses! Trágicos, pessimitas, orgulhosos. Sim, extremamente orgulhosos. Afinal, qual clube no Brasil foi fundado três vezes?! O Botafogo, ora! O de Regatas, 1894; o de Futebol, 1904; e o atual, (con)fusão dos dois, em 1943.
Vocês não sabem, mas os deuses do futebol não gostam do Botafogo, nem nós deles.
Como vingança somos ateus, ao menos no futebol. Fazemos nossos deuses – Heleno, Garrincha, Nílton Santos, Didi, Gérson, João Saldanha – humanos, nossos deuses.
Complicado, o Botafogo. Mais, ainda, seus torcedores. Acreditamos piamente, nós alvinegros, em destino. E temos a mais plena convicção que o injusto destino está contra nós. Sagrada verdade botafoguense.
E quer saber, melhor assim, somos um poço de superstições. Usamos todas, com a certeza dos céticos, de que, no final, dependemos de nós mesmos. Nada, nem deuses, nem macumba, despacho, novena, figa, nada funciona a nosso favor. Inda sim, cremos, ou fingimos crer. Niilistas, que somos.”
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Chegados a este ponto da crónica de Zatonio, que encerra razões e emoções assaz interessantes, importa deslindar o que vem a ser o niilismo. Por uma questão de facilidade de acesso aos leitores que queiram aprofundar o conceito, recorri, na minha argumentação, ao sítio http://niilismo.net/forum/viewtopic.php?t=58. Todas as citações que se seguem reportam a este sítio.
“Expressão exacerbada do materialismo e do positivismo, (…) o niilismo (do latim nihil, "nada") é uma doutrina filosófica e política baseada na negação seja da ordem social estabelecida, seja de todas as formas de esteticismo, assim como na defesa do utilitarismo e do racionalismo científico.”
“Heidegger [considera que] o termo foi empregado pela primeira vez em 1799, pelo filósofo alemão Friedrich Heinrich Jacobi, [mas foi o russo] Turgueniev [que] o empregou para designar a existência apenas do que é perceptível pelos sentidos, [negando] tudo o que se fundamenta na tradição e na autoridade.”
“O niilismo russo (…) negava Deus, o espírito, a alma, as ideias, as normas e valores supremos. (…) Tudo deveria concentrar-se na libertação da classe trabalhadora, na luta contra as superstições e preconceitos, ideias e convenções que oprimem o homem e o impedem de ser feliz.”
Tal coisa pode pressupor que o niilismo é a crença de que nenhum valor tem base e de que nada pode ser conhecido ou comunicado; e que um niilista não acredita em nada, não tem lealdades e nenhum outro propósito além do impulso para a destruição.
Ora, nenhum valor ter base é, em si mesmo, uma base e que nada possa ser comunicado é, em si mesmo, comunicação. Diz-se que o niilista não acredita em nada, no entanto, essas pessoas acreditam que existe uma entidade (o niilista) que acredita em nada.
Porém, o niilismo significa, implicitamente, que para se destruir tem que se reconhecer a substancialidade do que se busca para se poder destruir aquilo em que não se acredita. Donde, é necessário levar mais longe a reflexão sobre o niilismo.
O niilismo de Nietzsche não é entendido nesta forma mais popularmente divulgado, possuindo uma significação muito mais ampla e profunda. Trata-se do niilismo europeu, ou ocidental, “processo histórico que, de raízes mergulhadas nos séculos anteriores, deverá determinar os séculos futuros”. A sua essência consiste na negação do “mundo supra-sensível em geral, e os ideais, as normas, os princípios, os fins, os valores que, colocados acima do mundo terreno, lhe davam orientação e sentido”. Para Nietzsche, o niilismo é o advento da consciência de que todos os fins e todos os valores que até então davam sentido à vida humana se tornaram caducos.
A libertação exige uma "transmutação de todos os valores", a qual exige o desaparecimento do "lugar" em que se situavam os valores, quer dizer que “a metafísica, em Nietzsche, passa a ser uma axiologia, isto é, uma teoria dos valores” a partir da qual uma nova hierarquia de valores floresce.
Portanto, o niilismo não consiste apenas na desvalorização dos valores supremos aceites, mas também na criação de novos valores que substituam os antigos. O niilismo será, então, a característica desse estádio intermediário entre o crepúsculo dos deuses antigos e o anúncio do mundo novo, feito à imagem e semelhança do homem.
O Club de Regatas Botafogo foi de certo modo niilista quando Luiz Caldas abandonou o Club Guanabara e fundou o grupo de Botafogo, que daria origem ao nosso clube em 1894, precisamente porque se opôs às apostas no remo e protagonizou a luta por novos valores que durante a 1ª década do século XIX foram incorporados finalmente no remo.
O Botafogo Football Club tornou a ser niilista quando, em 1911, fundou novos valores de solidariedade em lugar dos valores seculares da individualidade, abandonando a Liga Metropolitana de futebol em apoio ao seu camarada Abelardo Delamare.
Forma complexa de pensar mas simples de agir, o niilismo representa a esperança de um futuro melhor do que aquele que a secularidade nos impôs. Talvez por isso Zatonio tenha afirmado que usamos todas as supertições (embora isso contradiga, de certo modo, o niilismo que rompe com as tradições) com a certeza dos céticos, ou dos niilistas (de que Zatonio seria o inspirador do novo ‘niilismo superticioso botafoguense’), mas que, no final, temos a certeza de dependermos exclusivamente de nós mesmos. Isto é, Zatonio, eu e a elite de botafoguenses eleitos pela Deusa D’Alva, temos a certeza que somente a inovação vinda de nós mesmos pode reconstruir novos valores e inaugurar o nosso futuro desejado.
Portanto, meus amigos, serei mais um botafoguense niilista. Jamais defensor de valores sociais imutáveis, vivo desde há muito tempo um estádio intermédio de transmutação de todos os valores; pugnando pela ruína dos atuais e pela criação de valores que abram novos mundos ao mundo botafoguense.
Entre o crepúsculo dos antigos deuses botafoguenses e um novo mundo feito à nossa imagem e semelhança, que será necessariamente um mundo em profunda e permanente transmutação, uma nova elite de botafoguenses surge e anuncia que novos valores se erguerão.
O botafoguense niilista (não supersticioso) que vos escreve, situado entre os antigos deuses dos gloriosos anos cinquenta e sessenta e um mundo novo de século XXI no qual a Estrela Solitária brilhará novamente, pugna para que a nossa Deusa que guiava os remadores ao romper da aurora se erga reconstruída para um novo milénio.
Porque o Botafogo renasce sempre para a eternidade!
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8 comentários:
- Ronau disse...
- Se o niilista tem "vontade de nada", ainda tem vontade. O que Nietszche não suportava e combatia era o "nada de vontade", algo que, durante alguns bons anos, tinha tomado conta do Botafogo, tanto torcida, quanto direção. Abraços gloriosos.
- 16 de Maio de 2010 12:19
- Rui Moura disse...
- Sim. Por isso é que o niilismo nietszcheano é bem diferente do de origem russa. É um niilismo para a mudança, para a construção de valores de modernidade. O Botafogo esteve hibernado até Bebeto de Freitas pegar no clube, após ser (des)controlado por Montenegro, Palmeiro, Rolim e restante turma. Diga-se, em abono da verdade, que esta direção tem vontade, o que não tem é 'pensamento estratégico' e, sobretudo, não tem discernimento para decidir bem. [Melhoraste, amigo?] Abraços Gloriosos!
- 16 de Maio de 2010 14:30
- Gil disse...
- Rui, Queremos, "apenas", O NOSSO BOTAFOGO DE VOLTA! Não engulo essa propaganda "de graça" no uniforme! Não existe mais bobo e inocente no mundo dos negócios, principalmente no futebol. Alguém ganha algo, nem que seja uns presentes ou presentões. Abs e Sds, BOTAFOGUENSES!!!
- 17 de Maio de 2010 00:01
- Edmo disse...
- Onde mais, na tentativa de ler algo sobre futebol em plena madrugada, encontraria um belo artigo filosófico, ainda mais citando Nietszche, o niilismo...???? No blog de um botafoguense! Onde mais??? Obrigado RUI.
- 17 de Maio de 2010 10:07
- Rui Moura disse...
- Sem comentários, Gil... Para quem já viu o que eu vi durante a vida... sem comentários... Abraços Gloriosos!
- 17 de Maio de 2010 12:20
- Rui Moura disse...
- Edmo, botafoguense é mesmo gente 'estranha', não é?... Que bom! Que bom sermos gente contra o padrão! Que alegria não nos confundirmos com as maiorias seguidistas... Abraços Gloriosos!
- 17 de Maio de 2010 12:23
- Lorismario disse...
- Caro Rui. Não tenho certeza de que sou niilista, pois tenho apenas um pouco do que a doutrina niilista apregoa. Mas ao ler esta cronica, como disse nosso amigo aí acima, só podia ser de um botafoguense. Tenho aqui em minha sala o discurso sintético em dois quadrinhos que dizem: 1-Quadrinho 1: "Estes são os dados. quais conclusões podemos extrair deles" . Tal assertiva é atribuida aos seguidores do método científico. 2- Quadrinho 2: Estas são as conclusões. Que dados podemos descobrir para as apoiar? Tal assertiva é atribuida aos seguidores do criacionismo. Saudações botafoguenses. loris
- 17 de Maio de 2010 12:37
- Rui Moura disse...
- Loris, essa é bem parecida ao meu método de pesquisa nas investigações que realizo: 1) Estes são os dados, que conclusões se podem tirar?; 2) Estas são as conclusões, que estratégias e ações podemos recomendar para as concretizar? Loris, creio que nem eu nem o Zatonio nem o Loris serão essencialmente niilistas. Escrevi o texto por inspiração do Zatonio sobre o niilismo e penso que ambos o fizemos, de certo modo, como um pretexto para expressarmos o que cada qual sente pela essência botafoguense. Serei um niilista botafoguense no sentido em que não acredito em nada que venha de fora do Botafogo e apenas na sua capacidade de inovação. E serei niilista no sentido em que desejo romper com os valores instituídos para criar novos valores. Como sugere o Ronau, CRIAR COM VONTADE. Criar um novo mundo botafoguense com pensamento, com estratégia, com ação. Não acreditar no 'secularismo' federativo carioca e brasileiro e criar um futuro desejado. Claro que não são apenas os niilistas que fazem isto. Somos feitos um pouco de várias coisas. Digamos que serei um pouco... niilista. Mas como botafoguense, serei um niilista mais consistente... (rs) [Não tenho tido muito tempo para certos debates, mas seria muito interessante o debate "niilistas versus anarquistas', porque são visões que se afrontam mas que, de certo modo, têm traços comuns] Abraços Gloriosos!
- 17 de Maio de 2010 14:44
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Isso é que é uma postagem completa, Zatonio! Com comentários e tudo o mais...
ResponderExcluirGloriosos abraços niilistas! (rs)
Zé Antonio,
ResponderExcluirAgora fiquei deveras preocupado. Só botafoguense vai entender o sentido destas crônicas. Não sei se os nossos coirmãos estão aptos a voos tão altos. Mas, enfim, nós somos diferentes. Ainda bem!
Primeiro quero me desculpar com o Rui, esqueci de adicionar o link de seu blog, ei-lo: http://mundobotafogo.blogspot.com/, vale a pena conhecer!
ResponderExcluirSaint-Clair, imagine você se há outro clube no mundo capaz de ter um torcedor em Portugal, não ser Vasco, fazer um blog maravilhoso sobre o Botafogo e ir de de Somália a Nietzsche; de Loco Abreu a Turgueniev; de Papai Joel a Friedrich Heinrich Jacobi, como se estivesse passeando pela sagrada sede do Mourisco! Só nós botafoguenses e nosso filósofo-maior Rui Moura. Inventor da Epistemologia Alvinegra. Já estou pensando até em uma nova torcida: Niilistas do Fogão...desde que o Rui assuma a Presidência e você a Vice-Literária. Quando digo que não conheço um botafoguense "normal" você não acredita...